Na saudade de te perder, por me tocares por dentro, em cada
memória que ficou eternizada nos meus olhos, fica uma vontade enorme de te
procurar.
Tento percorrer o mar interminável e encontrar a tua energia que
me dá vida, a tua força que um dia segurou a minha mão e que sem essa força
irei ter as minhas mãos inúteis.
Os sons breves que os teus olhos exprimiram num feixe
luminoso nítido, num perpétuo sentimento sentido, me mostrou o alento da minha
vida, perdido há minha nascença e que encontrara nesse dia.
Lá vem a noite, amarra a tenda da tua vida, o vento pode
chegar e destruir tudo à volta, deixar insultuosos buracos na tenda e o frio
apoderar-se do interior da tua vida, mas nunca te poderá levar o coração,
aquele que diz que o tempo não é curto para amar.
Ama não por ser hoje, mas por ser mais um dia de toda a tua vida, o
amor nasce pela manhã e adormece no aconchego da almofada do coração. Não pede
para aparecer, pede para ser vivido.
No ar estão disfarçadas pétalas de rosas, pétalas de amor, que
tu respiras sempre sem te aperceberes, sem saber que é esse ar de cor vermelha
invisível que nos dá vida.
Não precisas de ver as rosas, sente apenas as pétalas a
fazerem cócegas no teu nariz, a passarem cuidadosamente pela tua face, aceita os
gestos que te transmitem.
Se quiseres ver rosas não vás aos jardins, descobre-as em
quem te ama.
O vento parece desaparecer, o dia continua, do mesmo modo quando
abriste este texto. Apenas ficaste a saber que os abraços serão pétalas vivas,
perdidos pelo Mundo. Só verás pétalas se rosas existirem, e existirão sempre dedicadas com o teu nome, dentro do meu peito.
14 FEV, 2017 0
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